A vida é uma jornada cheia de altos e baixos (começo com um cliché 😉) e muitas vezes só aprendemos certas lições tarde demais. Com o passar do tempo, vamos dando conta de que há coisas que poderíamos ter feito de forma diferente, mas que já não conseguimos mudar. Claro está, que daí vem certas lições, valiosas por sinal, que nos ajudam a crescer e a evoluir enquanto seres humanos, mas só as reconhecemos depois as vivênciar.
O desenvolvimento pessoal é um processo contínuo de autoconhecimento e melhoria. À medida que crescemos e amadurecemos, tornamos-nos mais conscientes das nossas limitações e desafios. É importante aceitarmos que não somos perfeitos e que cometemos erros, mas também é fundamental que aprendamos com esses erros e os transformemos em oportunidades de crescimento.
Por isso, é essencial refletirmos sobre as lições que aprendemos tarde demais na vida. Ao fazê-lo, podes identificar as áreas em que precisas melhorar e trabalhar para desenvolver as habilidades necessárias para enfrentar os desafios que a vida te apresenta. Aprender essas lições não é fácil, mas é fundamental para o nosso desenvolvimento pessoal e para a nossa felicidade.
Hoje, vou partilhar contigo 8 lições que muitos de nós aprendemos tarde demais – mas acredita que ainda vais a tempo! Vou falar-te sobre a importância de saber lidar com a rejeição, a forma como nos relacionamos com os outros e connosco próprios, a importância de assumir responsabilidades e de saber o que nos faz verdadeiramente felizes. Espero que estas reflexões te inspirem e te ajudem no teu desenvolvimento pessoal.
Pessoas importantes vêm e vão – e está tudo bem
Muitas vezes, passamos a vida a agarrar-nos a pessoas que amamos, e quando elas nos deixam, parece que a nossa vida desaba. No entanto, o facto é que pessoas importantes vêm e vão, e isso faz parte da vida. Precisamos de aprender a largar as pessoas que não querem ficar na nossa vida e devemos seguir em frente. É importante aprendermos a lidar com a perda e a saudade, e a valorizarmos as pessoas enquanto as temos ao nosso lado. Não te esqueças de que há sempre novas pessoas para conhecer e novas amizades para fazer. Aprender a deixar ir pode ser difícil, mas é uma habilidade valiosa para a vida.
A tua dieta vai mais além do que aquilo que comes
Um erro comum é pensarmos que a nossa dieta se resume apenas àquilo que comemos. Na verdade, a nossa dieta é muito mais do que isso. Ela envolve também as pessoas com quem nos relacionamos, o tipo de conteúdo que consumimos nas redes sociais e nos meios de comunicação, os livros que lê-mos, a música que ouvimos e até mesmo o tipo de pensamentos que cultivamos na nossa mente.
Presta atenção às coisas que te rodeiam e faz uma “limpeza” de vez em quando. Elimina as coisas que te fazem sentir mal e procura manter por perto, apenas o que te faz sentir bem e em sintonia contigo mesma.
Desiludir certas pessoas faz parte do processo de crescimento
Não podemos agradar a todos, e isso é algo que precisas de aprender a aceitar. Muitas vezes, fazemos coisas para agradar aos outros, mesmo que não seja o que realmente queremos. No entanto, para seres verdadeiramente feliz, deves ser fiel a ti mesma e fazer o que sabes que te vai trazer um sentimento de conforto e felicidade, mesmo que isso possa desiludir as outras pessoas.
É natural que queiras agradar e ser aceite, mas quando isso se torna numa obsessão, podes acabar por perder a tua própria identidade e deixar de fazer o que realmente queres. Quando não somos fiéis a nós mesmas, acabamos por nos sentir vazias e infelizes. Se notas que tens tendência a fazer exatamente isto é importante que dês inicio ao teu processo de auto-conhecimento e de desenvolvimento pessoal, para percebes exatamente quem és e aquilo que não queres para ti. Até porque, a felicidade é um estado de espírito que vem de dentro de nós, e não pode ser alcançada através da aprovação dos outros.
Procurares saber mais sobre ti, é uma forma de te permitires ser quem realmente és, sem medo de ser julgada. Quando aceitas que não podes agradar a todos, começas a fazer escolhas que te fazem feliz, e não apenas para agradar a alguém. Afinal, a tua felicidade é mais importante do que a opinião alheia – e isso é algo libertador.
Não deixes que a rejeição dos outros te afete ao ponto de te rejeitares a ti mesma
A rejeição pode ser uma das coisas mais dolorosas que podemos experimentar. Pode-nos fazer sentir indesejadas, inúteis e desvalorizadas. É fácil cair na armadilha de pensar que a rejeição pode indicar que algo está errado connosco, que não somos boas o suficiente ou que nunca seremos capazes de alcançar o sucesso – seja lá ele qual for. No entanto, é importante lembrar que a rejeição faz parte da vida e que todas nós já a experimentamos em algum momento.
Mas, mesmo que seja difícil lidar com a rejeição, é importante não deixar que ela nos afete ao ponto de nos rejeitarmos a nós mesmas. É fácil ficarmos presas a sentimentos de auto-piedade e auto-depreciação, mas isso só nos levará a lugares sombrios e depressivos. A rejeição não significa que não somos boas o suficiente, apenas significa que, por algum motivo, as coisas não funcionaram desta vez.
Em vez de te concentrares apenas na dor da rejeição, escolhe concentrar-te na lição que podes aprender com ela. Pode ser uma oportunidade para avaliar as nossas escolhas e para perceber onde podemos melhorar – um dos primeiros passos a dar quando falamos de desenvolvimento pessoal. E o mais importante: deves ser sempre gentil contigo mesma e continuar a tentar, independentemente das dificuldades que possas enfrentar.
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Assume as tuas responsabilidades para que possas assumir também o teu futuro
Não és responsável pelo teu trauma, mas és responsável se hoje, por causa do teu trauma, magoares pessoas.
Este é um ponto muito pessoal para mim, porque tal como tu, também tive algumas experiências traumáticas que me fizeram duvidar das minhas próprias capacidades. No entanto, aprendi que não sou responsável pelo que me aconteceu, mas sou responsável pelas minhas reações e comportamentos em relação a isso. É fácil cair na armadilha de culpar os outros ou o passado pelas nossas dificuldades, mas isso não nos leva a lugar nenhum.
Assumir a responsabilidade pelas nossas ações e escolhas não é fácil, mas é uma parte fundamental do nosso desenvolvimento pessoal. Devemos aprender a lidar com as nossas emoções e a controlar as nossas reações, para que não magoemos as pessoas ao nosso redor. E sim, aprender a lidar com as nossas emoções é uma tarefa contínua, mas é um passo importante para assumir a responsabilidade pelas nossas vidas e criar o futuro que desejamos.
Podemos definir metas claras e trabalhar em direção a elas, independentemente do que nos tenha acontecido no passado. Podemos aprender com as nossas falhas e usá-las como um trampolim para o sucesso futuro. Por isso, assumir a responsabilidade é o primeiro passo para criar a vida que queremos viver.
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Qualidade em vez de quantidade
A vida, para ser bem vivida, deve ter em conta a qualidade e não quantidade. Ter apenas uma amizade com qualidade é melhor do que ter 500 conhecidos. Podes pensar que ter muitos amigos é a chave para uma vida feliz e socialmente satisfatória, mas a verdade é que a qualidade é muito mais importante do que a quantidade. Ter apenas uma amiga verdadeira e fiel pode fazer muito mais pela tua felicidade e bem-estar do que ter centenas de conhecidos superficiais que não se importam realmente contigo. É importante prestar atenção às pessoas que te rodeiam e às suas qualidades. Procura amizades autênticas, que te apoiem e te façam sentir bem contigo mesma.
Não te preocupes em ter muitos amigos só para preencher uma suposta lacuna na tua vida social ou para fazer número na tua conta de Instagram. Em vez disso, procura por pessoas com quem realmente te identifiques e que partilhem os teus valores. Amizades verdadeiras não têm de ser perfeitas, mas devem ser saudáveis e enriquecedoras para ambas as partes.
Mas, para teres amigos verdadeiros, precisas de ser uma pessoa verdadeira. É importante seres honesta sobre quem és e o que procuras numa amizade – daí a importância do desenvolvimento pessoal e do auto-conhecimento. Não tenhas medo de mostrar a tua personalidade e de seres autêntica. Quando fores tu mesma, atrairás pessoas que te vão valorizar pelo que és.
Os contos de fadas não te vão fazer feliz
Não, não estou a falar apenas das histórias da Disney. Falo sobre algo bem real até, que com certeza já deves ter passado. Ficares obcecada com aquilo que a sociedade de te diz que deves fazer vai acabar com a tua felicidade. Não tens de ir para a faculdade com 18 anos, não tens de ter filhos aos 25 anos (ou ter filho sequer) e não tens que te casar ou comprar casa antes dos 30. Todas somos diferentes e todas queremos coisas diferentes da vida.
Muitas vezes sentimos a pressão da sociedade para seguir um determinado caminho na vida e até uma determinada idade. Mas a verdade é que cada uma de nós tem o seu próprio ritmo. Seguir um caminho que não é certo para nós pode fazer-nos sentir que não pertencemos a lugar nenhum, e vivemos arrependidas e sem sabermos quem somos. Em vez disso, foca-te em em encontrar o teu próprio caminho e fazer escolhas que estejam alinhadas com os teus valores e desejos, independentemente do que a sociedade espera de ti.
A definição de diversão não é igual para todos
O que tu consideras ser divertido pode não ser o mesmo para a outra pessoa – mesmo que sejam as melhores amigas. Diversão não é só sair à noite ou ir a um brunch com o teu grupo de amigas. Diversão também pode ser: passar um domingo no sofá, conversar com alguém ao telefone, dar um passeio ou pintar um quadro sem nunca teres tido uma aula de arte.
Cada pessoa tem a sua própria definição de diversão, e não há nada de errado nisso. Não te sintas pressionada a seguir o que os outros consideram divertido. O que importa é o que te faz sentir bem contigo mesma e feliz. Aprende a apreciar as pequenas coisas da vida, e não te sintas mal se preferires passar uma noite tranquila em casa em vez de ir para um bar ou discoteca porque te dizem que “estás a perder os melhores anos da tua vida”. Não estás, acredita.
Quer tenhas 20, 30, 40 anos… tu defines o que é melhor para ti. Lê um livro que gostes, assiste a um filme que te inspire, pratica uma atividade que te traga paz de espírito. Faz o que te faz sentir feliz e realizada, independentemente do que os outros possam pensar. Afinal, a tua felicidade é o que realmente importa.
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O conteúdo presente neste artigo é apenas uma partilha com fins meramente informativos, e portanto não constitui aconselhamento profissional de qualquer tipo. Se precisas de ajuda pondera contactar um profissional de saúde mental credenciado ou ligar para uma destas Linhas de Ajuda.